Amor Fraternal
Amor Fraternal

segunda-feira, 4 de março de 2013


Hora de Luz

Quando tudo te pareça frustração e impedimento;
no instante em que a solidão te obrigue 
a pensar e repensar;
em observando os recursos necessários à 
própria subsistência cada vez mais distantes;
no momento em que os melhores amigos 
te considerem incapaz para o serviço a fazer;
na travessia de grandes desgostos;
nas épocas de crise, quando a provação 
te procure para demoradas visitas;
ouvindo os pregoeiros do pessimismo e do 
desalento; diante das ocorrências complicadas 
e dolorosas; quando o desânimo te ameace;
ou na ocasião em que todas as circunstâncias 
surjam conjugadas como que te favorecendo a 
ignorância e o desequilíbrio;
guarda a certeza de que estás atingindo a 
hora de luz em que desfrutas a oportunidade 
de revelar a força de tua fé e o ensejo bendito
em que podes, com a bênção de Deus,
esquecer o mal e fazer o bem.

***Emmanuel ***



Vontade e Destino

Tudo está matematicamente dosado nas formações da natureza, entretanto, as leis divinas estabelecem que a vontade consciente da criatura tome os ingredientes do mundo, com a possibilidade constante de tudo alterar, modificar, fazer e refazer, construir e reconstruir nas trilhas da existência.
Nitroglicerina e matéria silicosa constituem a dinamite, capaz de efetuar depredações e arrasamentos, mas, se o homem lhe controla as explosões, nela encontra valioso auxiliar de serviço.
Ferro e carbono, habilmente conjugados, compõem o aço comum que tanto satisfaz na prática belicista, como atende na base da indústria ou na garantia da construção.
Lama e detrito criam o charco; no entanto, se alguém lhe aplica drenagem conveniente, ei-lo que se converte em celeiro de pão.
A Iaranjeira rústica estende pomos azedos, contudo, se recebe enxertia adequada, esparze larga cópia de frutos suculentos.
Assim também o destino. Culpa e resgate somam dificuldade e dor, mas se empregamos fé viva em nossa capacidade de realizar o melhor, aceitando o sofrimento por recurso de correção e aprimoramento, ainda mesmo na sombra do extremo infortúnio, podemos traçar o caminho da paz e acender a chama da elevação.


Autor: Emmanuel


domingo, 3 de março de 2013


Texto de Tratamento

Perfeitamente compreensível:
que você atravesse crises de imperfeição e sofra contratempos;
que repouse em complicados enganos e acorde em vasto círculo de provas;
que experimente influências obsessivas e padeça disso as conseqüências;
que lute com tentações, sendo igualmente, muitas vezes, um campo de problemas para os outros;
que sinta cansaço e desilusão a lhe agravarem as sensações de fadiga;
que você reconheça os próprios erros, mantendo difícil resistência para não cair neles novamente.
Tudo isso é compreensível, porque somos ainda criaturas humanas, muito longe ainda do clima dos anjos.
O que não se entende, porém, é que você, por isso, deixe de trabalhar na oficina do bem, porque o trabalho na oficina do bem é o único meio de conseguirmos o tratamento necessário, a fim de seguirmos adiante, nos caminhos de elevação.


Emmanuel


sábado, 2 de março de 2013


A grande Pergunta 


Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.
É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.
Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam
Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.
É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todosos templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de
atender, sinceramente, às recomendações
do seu verbo sublime.

***Emmanuel***


sexta-feira, 1 de março de 2013


Um Dia

Um dia, verás a ti mesmo em plano diferente.
Parecer-te-á, então, haver acordado de um sono profundo e, por isso mesmo, tudo te surpreenderá. Amigos que não vias, há muito tempo, se aproximarão de ti, estendendo-te as mãos. Perguntarás a vários deles: onde estavas que não mais te encontrei? Por que te distanciaste de mim? Todos te abraçarão, com a alegria a lhes fulgurar nos olhos, Fitarás as árvores carinhosamente podadas, formando corações que palpitarão de vida, plantas outras, mostrando as frondes entrelaçadas, lembrando mãos que se tocam afetuosamente. Respirarás profundamente, reconhecendo, assim, as qualidades nutrientes do no ambiente em que te virás...
Naquela festa de almas, porém, um homem de olhar manso desce de um torreão brilhante e caminha na direção dele.
Em vão, o recém-chegado tenta retirar dele os olhos magnetizados pelo amor que o desconhecido irradia. Ele caminha serenamente a fixa-lo com bondade, com a familiaridade de quem o conhecia.
- "Ah! - pensou o recém-vindo decerto que este amigo me conhece, de longo tempo".
A custo, venceu a própria indecisão, e indagou do companheiro mais próximo:
- "Quem é este homem que está chegando até nós"?.
- "É o Mensageiro da Vida".
Não houve tempo para outras inquirições.
Efetivamente, aquela simpática e estranha personagem lhe endereçou saudações fraternas e segurando-lhe a destra, qual se nela conseguisse ler todas as minudências da sua vida, não lhe perguntou pelo próprio nome, nada argüiu quanto à família a que pertencera ou à posição que exercera... Apenas pousou nele demoradamente os olhos azuis e perguntou-lhe:
-"Amigo, o que fizeste?"


Emmanuel


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


Voltarás Amanhã

Não repouses na gleba de possibilidades que o Divino Amor te confiou ao coração na Terra. 
Voltarás amanhã para colher o que hoje semeias. 
Ninguém te pede milagres de santidade num dia.
A árvore vigorosa não cresceu de improviso. 
A cidade em que renasceste não se levantou de repente.
Tudo se desenvolve, minuto a minuto...
A vida impõe-te "agora" as conseqüências do "antes". 
Somos hoje no espaço e no tempo, a projeção do que fomos...
Se a dor é a tua mestra constante, agradece-lhe o serviço e aprende a lição. Ela é o recurso invisível com que a Bondade do Senhor te arrebata ao labirinto das sombras de ti mesmo. 
Se recebeste alguma facilidade para atravessar, com êxito, a escura região terrestre, não te confies à preguiça ou à vaidade, para que o sofrimento não seja convidado a desintegrar a gelada neblina em que te sepultarás sem perceber. 
Não te esqueças.
A oportunidade passa, mas a luta adiada volta sempre. 
Amanhã reencontrar-te-ás contigo mesmo, na paisagem que o mundo te oferece, nos ideais que esposas, nos trabalhos confiados à tua mão ou na pessoa do próximo que honras e menosprezas... 
Cumpramos, agora, os nossos iluminados deveres à face da Lei. Convertamos nossa experiência pessoal em serviço a todos, transformando as horas, que Deus empresta, em bênçãos de utilidade, beleza, graça e harmonia e o futuro constituir-se-á para nossa alma em abençoado e celeste caminho de ascensão. 
Não critiques destruindo.
Não julgues o mal por mal.
Não firas a ninguém. 
Não revides os golpes da sombra para que te não demores nas malhas da treva. 
Não retribuas ofensa por ofensa, amargura por amargura, incompreensão por incompreensão.
Ama, auxilia e passa, e, quando regressares à Terra, amanhã, o mundo receberá teus pés, em chuva de bênçãos.

Autoria de:  Emmanuel


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Teu Recanto

Quando se te fale de paz e felicidade no mundo, reporta-te ao serviço que a vida te confiou.
Efetivamente, não podes acionar alavancas que determinem tranqüilidade e ordem para milhões de pessoas; no entanto, é justo assegures a harmonia de teu recanto. Seja ele uma casa de vastas dimensões, um pequeno apartamento ou apenas um ângulo de quarto estreito, esse é o teu mundo pessoal que povoas mecanicamente com as tuas forças mentais consubstanciadas naquilo que sentes e sonhas. É razoável coloques nele o que possuas de melhor. A limpeza digna e os pensamentos nobres, os planos de ventura e os anseios de progresso. Ai conviverás com as meditações e as páginas que te levantem o espírito aos planos mais elevados e pronunciarás as palavras escolhidas do coração para ajudar e abençoar.
Nessa faixa de espaço, recolherás as impressões menos felizes dos outros em torno da vida, de modo a reformulá-las sensatamente com o verbo otimista e edificante de que dispões, aperfeiçoando e abrilhantando as idéias e opiniões que te procurem a convivência.
Embalsamarás esse lugar pequenino com as vibrações de tuas preces, nelas envolvendo os amigos e adversários, endereçando a cada um deles a tua mensagem de entendimento e concórdia, daí saindo, de sol a sol, a fim de espalhares o melhor de ti mesmo, a benefício dos semelhantes, a começar do reto cumprimento das tuas obrigações.
Toda vez que venhas a escutar comentários alarmantes, acerca das convulsões da Terra ou dos problemas cruciantes da Humanidade, reporta-te ao teu recanto e recomeça nele, cada dia, o serviço do bem.
Todos possuímos situação particular, perante a Providência Divina, tanto quanto possuímos exato lugar à frente do Sol. 
Considera a importância da tarefa em tuas mãos para o engrandecimento da vida. Tudo o que existe de grande e de belo, bom e útil, vem originalmente do Criador por intermédio de alguma criatura, em alguma parte. Examina o que sentes, pensas e fazes, no lugar em que vives.
Teu recanto – tua presença.
Onde estiveres, estás produzindo algo, diante do próximo e diante de Deus.


Emmanuel


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Vontade de Deus

Quando nos reportamos à vontade de Deus, referímo-nos ao controle da Sabedoria Perfeita que nos rege os destinos. E, observando nossa condição de espíritos eternos, acalentados pelo Infinito Amor da Criação, ser-nos-á sempre fácil reconhecer as determinações de Deus, em todos os eventos do caminho , a nosso respeito, já que a Divina
Providência preceitua para cada um de nós:
saúde e não doença;
trabalho e não ócio;
cultura e não ignorância;
conciliação e não discórdia;
paz e não desequilíbrio;
tolerância e não intransigência;
alegria e não tristeza;
esperança e não desânimo;
conformidade e não desespero;
perdão e não ressentimento;
êxito e não fracasso;
fé e não medo destrutivo;
humildade e não subserviência;
intercâmbio e não isolamento;
disciplina e não desordem;
progresso e não atraso;
amor e não indiferença;
vida e não morte.
Se dificuldades, sofrimentos, desacertos e atribulações nos agridem a estrada, são eles criações nossas, repercussões de nossos próprios atos de agora ou do passado, que precisamos desfazer ou vencer, a fim de nos ajustarmos à vontade de Deus, que nos deseja unicamente o Bem, a Felicidade e a Elevação no melhor que sejamos capazes de receber dos patrimônios da vida, segundo as leis que asseguram a harmonia do Universo.
Eis porque Jesus, exaltando isso, nos ensinou a reafirmar em oração:
- "Pai Nosso, que se faça a tua vontade, assim na Terra como nos céus."

Autor: Emmanuel


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Teus Filhos

Se conflitos inquietantes te envenenam a alma, obstando-te a harmonia conjugal, as leis da vida não te impedem a separação do companheiro ou da companheira, com quem a convivência se te fez impraticável, embora, com isso, estejas debitando ao futuro a solução de graves compromissos em tua vida de espírito... Entretanto, pensa nos filhos. Almas queridas que viajaram das estâncias do passado, pelas vias da reencarnação, desembarcaram no presente, através dos teus braços, suplicando-te auxílio e renovação.
Quem são eles? Habitualmente, são aqueles mesmos companheiros de alegria e sofrimento, culpa e resgate, nas existências passadas, em cujo clima resvalaste em problemas difíceis de resolver. Ontem, associados de trabalho e ideal, são hoje os continuadores de tua ação ou intérpretes de tuas obras.
Quase sempre, renascemos na Terra à maneira das vergônteas de uma raiz, e, em nosso caso, a raiz é o conjunto de débitos e aspirações em que se nos desdobram os dias terrestres, objetivando nossa ascensão espiritual.
Os filhos não te pedem apenas dinheiro ou reconforto no plano físico, Solicitam-te igualmente assistência e rumo, apoio e orientação.
Se te uniste com alguém no tálamo doméstico, semelhante comunhão encerra também todos aqueles que acolhes na condição de herdeiros do teu nome, a te rogarem proteção e entendimento, a fim de que não lhes faleçam o dom de servir e a alegria de viver.
Em verdade, repetimos, as leis da vida não te impedem o divórcio, porque situações calamitosas existem no mundo nas quais a alma encarnada se vê sob a ameaça de naufrágio nas pesadas correntes do suicídio ou da criminalidade e o Senhor não faz a apologia da violência. Apesar disso, considera a extensão dos teus compromissos, porquanto não te reunirias com alguém no âmago do recinto caseiro para a criação da família ou para a sustentação de tarefas específicas, sem razões justas nos princípios de causa e efeito, evolução e aperfeiçoamento.
Sejam, pois, quais forem as circunstâncias constrangedoras que te afligem o lar, reflete, acima de tudo, em teus filhos, que precisam de ti. A tua união inclui particularmente cada um deles; e eles, que necessitam hoje de tua bênção, se buscas esquecer-te a fim de abençoá-los, amanhã também te abençoarão.


Autor: Emmanuel


sábado, 23 de fevereiro de 2013


Por Amor à Deus

“Servindo de boa-vontade ao Senhor. . .” – PAULO. (Efésios, 6:7.)


Não importa que o filho-problema te arranque lágrimas de aflição se o abraças na condição da criatura eterna que Deus te deu a encaminhar.

Não existe sofrimento na abnegação, em favor de pais incompreensivos, se a eles te consagras na certeza de que os encontraste por benfeitores a que Deus te guiou, a fim de que os entendas e auxilies no reajustamento necessário.

Não há dor no sacrifício por alguém no lar ou no grupo social se temos nesse alguém a presença de uma criatura difícil que Deus colocou em nosso caminho, para que lhe sirvamos de apoio.

Não existem lágrimas nos encargos de auxílio ao próximo, bastas vezes inçadas de aversões gratuitas, se as acolhemos por serviço que Deus nos entrega, no qual se nos apagam os impulsos da personalidade, a fim de que nos transformemos em auxílio aos semelhantes.

Aceita a responsabilidade em tuas mãos ou as provas que o tempo te trouxe por trabalho que Deus te confia, trabalhando e servindo, compreendendo e auxiliando aos outros, por amor a Deus e mais depressa te desfarás de quaisquer sombras do passado, liquidando débitos e culpas, em serviço de amor a Deus, porque o amor a Deus se te fará luz no coração, fazendo-te viver ao sol do porvir.


Emmanuel




sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Sentimento, Idéia e Ação

Adulterar significa tisnar, viciar, mentir... 
E nenhuma falta dessa espécie é mais lamentável que aquela de nossa deserção diante das Leis de Deus. 
Não podemos olvidar, por isso, que toda negação do bem começa em nosso íntimo, transformando-se logo após, em idéia, para exteriorizar-se, em seguida, no campo da ação. 
Desse modo, podemos atender à justa auto-crítica, analisando as nossas tendências ocultas e retificando os próprios hábitos, compreendendo que os nossos sentimentos fecundam, em nosso prejuízo, os resultados que nos caracterizam a marcha. 
É assim que temos a preguiça sustentando a ignorância e a ignorância nutrindo a miséria... 
A malícia gerando a crueldade e a crueldade formando o crime... 
A suspeita criando a maledicência e a maledicência armando a calúnia... 
A disciplina criando o trabalho e o trabalho presidindo o progresso... 
A bondade plasmando a cooperação e a cooperação construindo a beneficência... 
O amor inspirando a renúncia e a renúncia garantindo a felicidade... 
Não te esqueças, dessa forma, de que em ti mesmo se levanta o cárcere de sofrimento a que te aprisionas ou se ergue o ninho de bênçãos em que te preparas à frente de glorioso porvir. 
Não basta te convertas em censor de consciências alheias para que o reequilíbrio do mundo se faça, vitorioso. É indispensável a nossa própria defesa contra o assalto das trevas, consoante o ensinamento da Revelação Divina, que recomenda vigiarmos o coração por situar-se nele o manancial das forças de nossa vida.


Autor: Emmanuel


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


Senhor, Ensina-nos!

A orar sem esquecer o trabalho; 
a dar sem olhar a quem;
a servir sem perguntar até quando;
a sofrer sem magoar seja quem for;
a progredir sem perder a simplicidade;
a semear o bem sem pensar nos resultados;
a desculpar sem condições;
a marchar para frente sem contar os obstáculos;
a ver sem malícia;
a escutar sem corromper os assuntos;
a falar sem ferir;
a compreender o próximo sem exigir entendimento;
a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração; 
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxas de reconhecimento. 

Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros,assim como precisamos da paciência dos outros para com
nossas dificuldades. 
Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será, invariavelmente, aquela de cumprir-Te os desígnios onde e como queiras, hoje, agora e sempre.

Autor Emmanuel



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Decisão e Vontade

Incerteza parece coisa de pouca monta, mas é assunto de importância fundamental no caminho de cada um.
As criaturas entram na instabilidade moral, habituam-se a ela, e passam ao domínio das forças negativas sem perceber.
Dizem-se confiantes pela manhã e acabam indecisas à noite.
Freqüentemente rogam em prece:
- Senhor! Eis-me diante de tua vontade!...
Mostra-me o que devo fazer!...
E quando o Senhor lhes revela, através das circunstâncias, o quadro de serviço a expressar-se, conforme as necessidades a que se ajustam, exclamam em desconsolo:
- Quem sou eu para realizar semelhante tarefa?
Não tenho forças.
Ai de mim que sou inútil!...
Sabem que é preciso servir para se renovarem, mas paradoxalmente esperam renovar-se sem servir.
Dispõem de verbo fácil e muitas vezes se proclamam inabilitadas para falar auxiliando a alguém nas construções do Espírito.
Possuem dedos ágeis, quais filtros inteligentes engastados nas mãos; entretanto, costumam asseverar-se inseguras na execução das boas obras.
Ouvem preleções edificantes ou mergulham-se na assimilação de livros nobres, prometendo heroísmo para o dia seguinte, mas, passada a emoção, volvem à estaca zero, à maneira de viajante que desiste de avançar nos primeiros passos de qualquer jornada.
Louvam na rua o equilíbrio e a serenidade e, às vezes, dentro de casa, disputam campeonatos de irritação.
O dever jaz à frente, a oportunidade de elevação surge brilhando, os recursos enfileiram-se para o êxito e realizações chamam urgentes, mas preferem a fuga da obrigação sob o pretexto de que é preciso cautela para evitar o mal, quando o bem francamente lhes bate à porta.
Trabalho, ação, aprendizado, melhoria!...
Não te ponhas à espera deles sob a imaginária incapacidade de procurá-los, à vista de imperfeições e defeitos que te marcaram ontem.
Realização pede apoio da fé.
Mãos à obra.
Tudo o que serve para corrigir, elevar, educar e construir, nasce primeiramente no esforço da vontade unida à decisão.


Autoria de Emmanuel


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


Espiritismo e Liberdade

É indispensável que o Espiritismo, na função de Consolador Prometido pelo Cristo de Deus, veio aos homens, sobretudo, para liberá-los da treva de espírito.
Quuele emancipação, porém, será essa?
Surpreenderíamos, acaso, a Nova Revelação procedendo à maneira de um louco que dinamitasse um cais antigo, à frente do mar, sem edificar, antes, um cais novo que o substituísse?
Claro que os princípios espíritas acatam os diques de natureza moral construídos pelas tradições nobres do mundo, destinados à segurança da alma, conquanto lhes observe a vulnerabilidade do fundo, vulnerabilidade essa sempre suscetível de favorecer os mais fortes contra os mais fracos e de apoiar os astutos em prejuízo dos simples de coração; embora isso, levantam barreiras de proteção muito mais sólidas, a benefício das criaturas, porquanto nos esculpem no próprio ser a responsabilidade de sentir e pensar, falar e agir, diante da vida.
Ninguém se iluda quanto à independência instalada pela Doutrina Espírita, nos recessos de cada um de nós, sempre que nos creiamos no falso direito de praticar inconveniências em regime de impunidade.
Muito mais que os preconceitos e tabus, instituídos pelos homens, como frágeis recursos de preservação dos valores espirituais na Terra, o Espiritismo Cristão nos entrega dispositivos muito mais seguros e sensatos, na garantia da própria defesa, de vez que não nos acena com céus ou infernos exteriores, mas, ao revés disso, nos faz reconhecer que o céu ou o inferno são criações nossas funcionando indiscutivelmente em nós mesmos.
Enfim, para não nos alongarmos em teorização excessiva, observemos tão-somente que o espírita é livre, não para realizar indiscriminadamente tudo quanto deseje, e sim para fazer aquilo que deve.


Autoria de Emmanuel


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Ao Espiritismo

Ao Espiritismo cristão cabe, atualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa.
Não basta definir-lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, é preciso também revelar-lhe a feição de movimento libertador de consciência e corações.
A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. Ao seu influxo, ninguém deve esperar soluções finais e definitivas, quando sabemos que cem anos de atividade no mundo representam uma fração relativamente curta de tempo para qualquer edificação na vida eterna.
Infinito campo de serviço aguarda a dedicação dos trabalhadores da verdade e do bem. Problemas gigantescos desafiam os Espíritos valorosos, encarnados na época presente, com a gloriosa missão de preparar a nova era, contribuindo na restauração da fé viva e na extensão do entendimento humano. Urge socorrer a Religião, sepultada nos arquivos teológicos dos templos de pedra e amparar a Ciência transformada em gênio satânico da destruição.
A espiritualidade vitoriosa percorre o mundo, regenerando-lhe as fontes morais, despertando a criatura no quadro realista de suas aquisições. 
Há chamamentos novos para o homem descrente, do século XX, indicando-lhe horizontes mais vastos, a demonstrar-lhe que o Espírito vive acima das civilizações, que a guerra transforma ou consome na sua voracidade de dragão multimilenário.
Ante os tempos novos e considerando o esforço grandioso da renovação, requisita-se o concurso de todos os servidores fiéis da verdade e do bem para que, antes de tudo, vivam a nova fé, melhorando-se e elevando-se cada um, a caminho do mundo melhor, a fim de que a edificação do Cristo prevaleça sobre as meras palavras das ideologias brilhantes.
Na consecução da tarefa superior, congregam-se encarnados e desencarnados de boa vontade, construindo a ponte de luz, através da qual a Humanidade transporá o abismo da ignorância e da morte.
Mentalizemos a criatura recolhida à prisão para relacionar-lhe os aflitivos problemas.
Quase sempre chora sem lágrimas sob o azorrague do remorso a zurzir-lhe o espírito, arrependendo-se, tardiamente, da culpa que poderia ter evitado a preço de complacência.
Dia e noite, o relógio assinala-lhe os instantes amargos que se acumulam em cristalizações de angústia que, freqüentemente, raiam no desespero.
Padece doloroso banimento social, em compulsória distância daqueles que mais ama.
Recebe surpresas ingratas na abjeção a que se vê relegada, seja na companhia dos elementos inferiores que lhe partilham a penitência ou na hostilidade daqueles que se lhe erigem, por inimigos sorridentes do cárcere. Além de tudo, porém, é constrangida a perder os patrimônios do tempo, de vez que a reclusão lhe subtrai preciosas oportunidades de aprimoramento e progresso.
No símbolo, encontramos a posição aviltante que Jesus, por Divino Médico, procurou conjurar em nosso favor, exortando-nos ao perdão sem limites, porque, em verdade, malquerença e ressentimento, não são mais que perigosa enxovia mental, impedindo-nos a livre assimilação dos bens que a vida nos oferece, segregando-nos em algemas fluídicas de enfermidade e de treva, entre as quais, muita vez, apressamos o passo da morte prematura.
Não contes ofensas e chagas, pedradas e cicatrizes.
Recorda que em tudo somos acalentados pelo amor incessante da Providência Divina e sigamos adiante, lembrando-nos de que, além da noite, o sol brilha sem sombra, por mensagem de Deus, bradando aos Céus, a vitória da luz.


Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Candido Xavier


sábado, 16 de fevereiro de 2013


Abençoemos Sempre

Nunca estimular o mal onde o mal apareça, mas reconhecer que não adianta condenar-lhe as vítimas a pretexto de corrigi-las. 
Enumeremos algumas razões em apoio da afirmativa:
somos espíritos eternos atuando na sustentação do Universo e respondendo invariavelmente pelos próprios atos, em função do próprio aperfeiçoamento;
a condenação não trará o mínimo proveito à pessoa em desequilíbrio cujos conflitos e necessidades da vida íntima claramente desconhecemos;
se um companheiro surge vinculado à delinqüência, a pancada verbal logrará unicamente aprofundar-lhe as chagas mentais da culpa;
se desejamos auxiliar alguém confessadamente em erro, apontar esse alguém ao escárnio ou à censura dos outros, será tão-somente agravar-lhe as dificuldades e humilhações;
maldizer é afastar e destruir, ao invés de unir e melhorar, acabando semelhante atitude por transformar-se no método infeliz de gerar obstáculos e deteriorar relações. 
Com estes enunciados, não aspiramos a dizer que se deve aprovar tudo ou tudo aceitar, quando observamos o engano tentando sobrepor-se à realidade. Importante, porém, considerar que, entre nós, os espíritos em evolução na coletividade terrestre, não encontramos ainda aqueles que se fizeram absolutos no bem, tanto quanto não surpreendemos aqueles outros que hajam descido ao absoluto no mal.
Não existem criaturas nas quais não consigamos identificar o lado nobre, o ângulo mais claro, o tópico da esperança ou a boa parte. 
Em todas as formações do mal, valorizemos os germes do bem e prestigiemos os restos do bem onde estiverem, abençoando sempre todas as criaturas, a fim de que possamos ganhar a paz na guerra dos problemas de cada dia, de vez que condenar será sempre o melhor processo de perder.


Emmanuel